12ª Semana André Carneiro tem abertura nesta sexta (9)

Até o dia 17 de maio, munícipes poderão conhecer a vida e obra do artista

12ª Semana André Carneiro tem abertura nesta sexta (9)

A Prefeitura de Atibaia, por meio da Secretaria de Cultura, promove neste mês a Semana André Carneiro, tradição com mais de uma década no calendário da cidade. Durante a semana, fotos e livros do artista, além de curtas e longas-metragens e entrevistas serão exibidos. A abertura acontece nesta sexta-feira (9), com material sendo exibido até 17 de maio, das 9h às 17h, no Centro Cultural “André Carneiro”, situado na Rua José Lucas, 28.

 

O atibaiano

André Granja Carneiro nasceu em 9 de maio de 1922, em Atibaia, onde viveu até 1972, quando mudou-se para São Paulo. Faleceu em 4 de novembro de 2014, em Curitiba, aos 92 anos. Suas cinzas foram trazidas de volta à sua terra natal e jogadas nas raízes de uma pitangueira.

Com uma carreira multifacetada, o homenageado foi poeta, fotógrafo, cineasta, roteirista, artista plástico, artista gráfico, publicitário, crítico e até hipnotizador clínico. É um dos principais escritores brasileiros de ficção científica, com obras publicadas em 18 países, sendo pioneiro no gênero e figura marcante da terceira geração modernista, iniciada em 1922.

 

Principais obras

Entre seus romances, destacam-se “Amorquia” e “Piscina Livre”, obras que convidam à reflexão sobre o presente, enquanto seu ensaio “Introdução ao Estudo da Science Fiction” foi o primeiro estudo em português a abordar temas essenciais da ficção científica.

Como fotógrafo, ganhou destaque internacional pela obra intitulada “Trilhos” (1951), exposta na Tate Gallery, em Londres, e no MoMA, de Nova York.

Como cineasta, Carneiro recebeu diversos prêmios e representou o Brasil internacionalmente com filmes como “Estudo de Continuidade e Movimento” e “Solidão”. Além disso, seu conto “O Mudo” foi adaptado para o longa “Alguém” (1980).

Fechando suas facetas como artista, o mesmo inovou as artes plásticas com a criação da “Pintura Dinâmica” – uma técnica que utiliza líquidos químicos coloridos manipulados pelo espectador para criar combinações infinitas – e também se destacou em “Poesia Colagem”, técnica usada na criação de capas de livros e na ilustração de seus poemas.